sexta-feira, 26 de março de 2010

Missões Mundiais - Missão Transformadora


No mês de março costumamos refletir mais profundamente sobre missões mundiais.

Para a campanha de 2010, cujo trema é "Por Cristo vou até os confins da Terra" (1Co 9:23), a Junta de Missões Mundiais da CBB elegeu como destaque os países: Chile, Colombia, Equador, Haiti, República Dominicana.
Acesse o hotsite da campanha para mais informações: http://www.porcristovou.org.br/

Neste ano apresentamos para nossos leitores a obra Missão Transformadora: mudanças de paradigma na teologia da missão, de David J. Bosh* (Ed.Sinodal, 2ª. Edição, 2007. 690p.). A obra foi publicada pela primeira vez em abril de 1991, um ano antes da morte do seu autor.

Missão Transformadora, de acordo com Gerald H. Anderson, “tornou-se uma referência-padrão no estudo da missão cristã mundial, sendo talvez o livro-texto mais usado em aulas e cursos de missão. O magnun opus de David Bosch transformou-se em seu legado permanente para todas as pessoas que procuram entender, servir e disseminar a causa de Cristo no Mundo.”

“Este estudo não é apenas descritivo.”, diz Bosch no Prefácio de seu livro, “Ele não se propõe meramente a retratar o desenvolvimento e as modificações de uma idéia, mas também sugere que a missão continua sendo uma dimensão indispensável da fé cristã e que, em seu nível mais profundo, seu propósito é transformar a realidade que a circunda. A missão nessa perspectiva, é aquela dimensão de nossa fé que se recusa a aceitar a realidade como esta é e visa transformá-la. ‘Transformadora’ é, por conseguinte, um adjetivo que descreve uma característica essencial do que significa missão cristã.”

Leia comentário de Timóteo Carriker – missionário norte americano no Brasil sobre esta obra de Bosch acessando o endereço:


http://www.ultimato.com.br/?pg=show_artigos&secMestre=481&sec=505&num_edicao=280


David J. Bosh foi professor de Missiologia na Universidade da África do Sul a partir de 1971. Foi secretário-geral da Sociedade Missiológica Sul-Africana desde a sua fundação em 1968 e editor da revista Missionalia desde seu início em 1973. Exerceu a função de presidente nacional da Assembléia de Lideranças Cristãs da África do Sul em 1979 e de presidente da Iniciativa Nacional pela Reconciliação a partir de 1989, como parte de seu ministério de promover a reconciliação entre grupos raciais, denominacionais e teológicos na África do Sul e no mundo todo. Bosch era respeitado tanto no Conselho Mundial de Igrejas quanto na Comunhão Evangélica Mundial e no Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial.

quarta-feira, 24 de março de 2010

A existência de Deus, provada pelas obras da criação


Bocage (1765-1805) foi o maior representante português do movimento arcadista e um dos maiores poetas de língua portuguesa. No poema transcrito, Bocage argumenta que não só a fé aponta para a existência de Deus, mas também a razão, por meio da experiência da grandeza e da ordem presentes na natureza. O poeta traduz liricamente as idéias da Teologia Natural, que eram duramente disputadas no século XVIII e que até hoje permanecem objeto de controvérsia. De qualquer forma, a idéia de que a natureza proclama a glória de Deus está presente em diversas passagens bíblicas, ainda que não esteja implicado necessariamente o conceito de prova como demonstração racional.

A existência de Deus, provada pelas obras da criação

Por Manuel Maria Barbosa du Bocage


Os milhões de áureos lustres coruscantes
Que estão da azul abóbada pendendo;

O Sol e a que ilumina o trono horrendo
Dessa que anima os ávidos amantes;

As vastíssimas ondas arrogantes,
Serras de espuma contra os céus erguendo;

A leda fonte humilde o chão lambendo,
Lourejando as searas flutuantes;


O vil mosquito, a próvida formiga,
A rama chocalheira, o tronco mudo:

Tudo que há Deus a confessar me obriga.


E para crer num braço, autor de tudo,

Que recompensa os bons, que os maus castiga,

Não só da fé, mas da razão me ajudo.

sábado, 20 de março de 2010

Em busca de uma bioética global


Uma das últimas aquisições de nossa biblioteca é o recém-publicado livro do Dr. Raul Marino, Em busca de uma Bioética global. A Editora Hagnos promoveu, como um dos eventos de lançamento do livro, um debate com a participação de teólogos da estirpe de Lourenço Stelio Rega, Luis Sayão e Ed Rene Kivitz a fim de tratar dos delicados temas da bioética sob uma perspectiva filosófico-teológica cristã. Um parte do debate está disponível abaixo e dá uma boa noção dos temas que são abordados no livro.



terça-feira, 9 de março de 2010

Pacto das Igrejas Batistas


Tendo sido levados pelo Espírito Santo a aceitar a Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, e batizados, sob profissão de fé, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, decidimo-nos, unânimes, como um corpo em Cristo, firmar, solene e alegremente, na presença de Deus e desta congregação, o seguinte Pacto:

Comprometemo-nos a, auxiliados pelo Espírito Santo, andar sempre unidos no amor cristão; trabalhar para que esta igreja cresça no conhecimento da Palavra, na santidade, no conforto mútuo e na espiritualidade; manter os seus cultos, suas doutrinas, suas ordenanças e sua disciplina; contribuir liberalmente para o sustento do ministério, para as despesas da igreja, para o auxílio dos pobres e para a propaganda do evangelho em todas as nações.

Comprometemo-nos, também, a manter uma devoção particular; a evitar e condenar todos os vícios; a educar religiosamente nossos filhos; a procurar a salvação de todo o mundo, a começar dos nossos parentes, amigos e conhecidos; a ser corretos em nossas transações, fiéis em nossos compromissos, exemplares em nossa conduta e ser diligentes nos trabalhos seculares; evitar a detração, a difamação e a ira, sempre e em tudo visando à expansão do reino do nosso Salvador.

Além disso, comprometemo-nos a ter cuidado uns dos outros; a lembrarmo-nos uns dos outros nas orações; ajudar mutuamente nas enfermidades e necessidades; cultivar relações francas e a delicadeza no trato; estar prontos a perdoar as ofensas, buscando, quando possível, a paz com todos os homens.

Finalmente, nos comprometemos a, quando sairmos desta localidade para outra, nos unirmos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto.

O Senhor nos abençoe e nos proteja para que sejamos fiéis e sinceros até a morte.

Fonte: Portal da Convenção Batista Brasileira

domingo, 7 de março de 2010

Teantropologia

"A teologia evangélica não ignora que o Deus do evangelho se acha voltado para a existência humana, que ele realmente desperta e chama o ser humano à fé e que com isso reivindica e ativa a totalidade do potencial intelectual humano (e não só o seu potencial intelectual). Mas esse fato apenas suscita o interesse da teologia na medida em que ela se interessa, com prioridade absoluta, por Deus mesmo. Ela raciocina e argumenta sob a premissa dominante da revelação da existência e soberania de Deus. Caso quisesse proceder de forma contrária, tentando expor Deus ao critério do ser humano, em vez de expor o ser humano ao critério de Deus, ela seria vítima do cativeiro babilônico de antropologias, antologias e noologias, i. é, de qualquer interpretação antecipada da existência, da fé e do potencial intelectual do ser humano. A teologia evangélica não é forçada nem autorizada a enveredar por tal caminho. Ela sabe esperar, correndo o risco da fé, para verificar como a existência, a fé e a capacidade intelectual do ser humano, como seu ser e sua autocompreensão, em confronto com o Deus do evangelho, superior à existência humana, venham a revelar-se."

Barth, Karl. Introdução à Teologia Evangélica. Tradução de Lindolfo Weingärtner. 5ª edição revisada, São Leopoldo: Sinodal, 1996, p. 12

sexta-feira, 5 de março de 2010

Uma Introdução à Espíritualidade Cristã


Uma Introdução à Espiritualidade Cristã de Alister McGrath é um livro de linguagem simples e didático a respeito de "um dos assuntos mais fascinantes que alguém pode estudar"(p.15). Sua leitura não pressupõe nenhum conhecimento prévio especial sobre o assunto, cumprindo assim sua função como texto introdutório.

MacGrath define a espiritualidade como "a busca por uma vida religiosa autêntica e satisfatória, envolvendo a união de idéias específicas de determinada religião com toda a experiência de vida baseada em e dentro do âmbito dessa religião"(p. 20). "Espiritualidade é a prática na vida real da fé religiosa de uma pessoa - o que a pessoa faz com o que crê"(p. 20). A definição do professor britânico, portanto, admite a possibilidade de outras espiritualidades, que não a especificamente cristã. Nesse sentido, o autor define, com auxílio do conceito mais geral, a espiritualidade cristã como "a busca por uma existência cristã autêntica e satisfatória, envolvendo a união das idéias fundamentais do cristianismo com toda a experiência de vida baseada em e dentro do âmbito da fé cristã" (p.20). "No cristianismo, a espiritualidade significa viver o encontro com Jesus Cristo. A expressão 'espiritualidade cristã' refere-se a como a vida cristã é entendida e às práticas devocionais explícitas desenvolvidas com vistas a nutrir e sustentar esse relacionamento com Cristo. A espiritualidade cristã pode, então, ser compreendida como a maneira pela qual indivíduos ou grupos cristãos buscam aprofundar sua experiência com Deus ou 'praticar a presença de Deus', para usar uma frase associada particularmente ao Irmão Lourenço" (p. 21).

Assim, a espiritualidade cristã se relaciona intimamente com a teologia e assim como ela está sujeita a variações que dependem de uma grande quantidade de variáveis: pessoais, denominacionais, históricas e relativas a posições em relação ao mundo e à cultura, que determinam diferentes práticas e costumes devocionais. Algumas das variações mais discerníveis na espiritualidade cristã estão ligadas às tradições denominacionais. Católicos, Ortodoxos e Protestantes apresentam diversidade nas ênfases e nos costumes facilmente observável.

Geoffrey Wainwright, citado por MacGrath, afirma também que é possível identificar cinco tipos básicos de espiritualidade cristã baseados nas atitudes de certos grupos na história para com a cultura.

O primeiro tipo é caracterizado pela posição de "Cristo contra a cultura". Essa é a abordagem que afirma o mundo como um ambiente hostil à fé cristã. Essa foi a espiritualidade da Igreja dos primeiros séculos, que tendia a desconfiar, ainda que respeitosamente, das autoridades oficiais e a procurar um distanciamento do mundo. A culminação dessa visão resultou no monasticismo. Essa atitude existe até hoje e influencia várias práticas cristãs na atualidade.

O segundo tipo é o "Cristo da cultura", que tende a uma atitude positiva em relação à cultura, afirmando que é necessário imiscuir os elementos da religião e da cultura em geral. Segundo MacGrath, foi essa a atitude da Igreja nos tempos de religião oficial do Império Romano e no Protestantismo Liberal do século XIX.

O terceiro tipo é o "Cristo acima da cultura" que reconhece a bondade imperfeita do mundo e da cultura, mas que acredita que, por meio da fé cristã, eles podem ser elevados e aperfeiçoados. Essa é a visão promovida por Tomás de Aquino na dualidade entre natureza e graça.

O quarto tipo é "Cristo e a cultura em paradoxo". Nesse tipo, afirma-se que, embora a cultura não seja essêncialmente má, é necessário que o cristão esteja preparado para as tensões e lutas que certamente ocorrerão. Segundo Niebuhr, Lutero era o perfeito representante dessa tendência. Wainwright também incluía Dietrich Bonhoeffer entre os integrantes dessa corrente.

O quinto tipo, "Cristo tranformador da cultura", se assemelha bastante ao "Cristo acima da cultura" e também enfatiza a necessidade de transformar a cultura, porém como uma esperança escatológica: o futuro redimirá a cultura. Wainwright inclui os irmãos Wesley nessa corrente pela sua ênfase constante na conversão e no aperfeiçoamento pessoal.

MacGrath aborda também a importância das principais doutrinas cristãs no desenvolvimento da espiritualidade, bem como das figuras da espiritualidade bíblica: festas, peregrinações, exílio, trevas e luz, purificação, deserto e silêncio. O erudito inglês fala sobre a importância do tempo de do espaço na espiritualidade: a prática de reservar certas datas comemorativas, a divisão em semanas, o dia monástico, a posição do templo, sua decoração e arquitetura, etc. É tratado também o problema do uso de imagens e símbolos como auxílio para a espiritualidade e os desafios da idolatria.

Por fim, o autor parte para a análise de textos tradicionais da espiritualidade cristã na história e aponta para a contribuição da leitura e meditação nesses textos para o aperfeiçoamento da vida cristã prática.

Trata-se de um excelente livro, que concilia erudição e simplicidade. Embora possua a estrutura de livro texto de um curso, pode ser lido sem enfado e continuamente como um livro comum.

Todas as citações foram extraídas de: McGrath, Alister. Uma introdução à espiritualidade cristã. São Paulo: Vida, 2009.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Manifesto à nação brasileira

Sobre a liberdade de expressão e orientação sexual do povo brasileiro

Diante da tramitação no Senado Federal do Projeto de Lei Complementar nº 122/2006, aprovado pela Câmara dos Deputados (PL 5003/2001), que pretende punir como crime qualquer tipo de reprovação ao homossexualismo, a Convenção Batista Brasileira manifesta a sua preocupação com o futuro da sociedade brasileira, caso a lei venha a ser aprovada.

Preocupa ao povo batista a aprovação de uma lei que privilegia uma minoria, em detrimento do direito de todos. Reconhecemos o direito dos homossexuais a um tratamento digno e igualitário, ao mesmo tempo em que defendemos a liberdade fundamental de formar e exprimir juízos, favoráveis ou desfavoráveis, nas questões de orientação sexual. Entendem os batistas que a aprovação do referido Projeto de Lei pode resultar no aumento da subversão de valores morais e espirituais que destroem a família e enfraquecem a nação brasileira. Por isto, decidimos vir a público reafirmar nossas posições bíblicas e históricas sobre os princípios e os valores que sustentam a liberdade de consciência, as religiões e a vida em sociedade.

1- Cremos que todos têm direito, outorgado por Deus, de ser reconhecidos e aceitos como indivíduos, sem distinção de raça, cor, credo ou cultura; de ser parte digna e respeitada da comunidade; de ter a plena oportunidade de alcançar o seu potencial. Todas as pessoas foram criadas à imagem de Deus, razão porque merecem respeito, consideração, valor e dignidade.

2- Cremos no direito à liberdade de consciência e de expressão religiosa. Cada pessoa é plenamente livre perante Deus, em todas as questões de consciência e tem o direito de abraçar ou rejeitar religião, bem como de testemunhar sua fé religiosa, propagar e ensinar a verdade como a entenda, e até de mudar sua crença, sempre respeitando os direitos e as convicções dos outros.

3- Cremos que cada pessoa é preciosa, insubstituível e moralmente responsável perante Deus e o próximo. Cremos no direito à liberdade de escolha e aprovação dos princípios e dos valores que regem a convivência e a conduta, na família e na sociedade.

4- Cremos que Deus criou o ser humano, macho e fêmea, com direitos iguais e diferenças sexuais. Essas diferenças se baseiam na constituição física, na forma de ser, de perceber o mundo, de reagir e de relacionar-se. Deus criou macho e fêmea, para que se completem e cooperem com ele na criação e na formação da humanidade.

Uma vez que, não podendo nos calar diante do alto risco de degradação social e do surgimento de perseguição religiosa motivada por aqueles que se sentirem discriminados:

1- Conclamamos os representantes do povo no Senado e nas demais instâncias da República, cidadãos e líderes de instituições sociais e religiosas, bem como os pais e formadores de opinião a que se unam para defender o respeito à pessoa e a garantia dos direitos individuais, lutando a favor de uma sociedade na qual prevaleça a dignidade de todos.

2- Conclamamos todos os cristãos a proclamar e ensinar toda a verdade, conforme revelada nas Sagradas Escrituras, inclusive as orientações nelas contidas sobre a natureza da sexualidade humana. Não podemos negar que Deus Criador, o Senhor dos senhores, justo Juiz de toda a terra, condena o homossexualismo, conquanto ame os que o praticam, oferecendo-lhes o perdão e a graça que restauram a dignidade humana.

3- Conclamamos todos os cidadãos a cultivar uma convivência pacífica e respeito ao próximo, mantendo a respeitabilidade e o pudor nas que privilegia uma minoria, em relações sociais. Reconhecemos que ninguém tem o direito de coibir a escolha sexual de quem quer que seja. No entanto, essa norma não pode impedir que qualquer cidadão tenha o direito de considerar impróprio e inconveniente ou de qualificar como imoral ou inaceitável o comportamento homossexual.

A aprovação de uma lei não pode ferir as conquistas adquiridas na Declaração Universal dos Direitos Humanos, que afirma em seu artigo XIX: “Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

Conscientes do exercício da nossa cidadania, faremos tudo o que for possível e justo, a fim de que construamos uma sociedade cada vez mais firmada nos valores éticos, morais e espirituais inspirados nas Sagradas Escrituras. Assim sendo, unimos-nos aos demais esforços para salvar o Brasil da degradação moral e da perseguição religiosa, bem como deixarmos um legado de justiça, paz e prosperidade para as futuras gerações.

Rio de Janeiro, maio de 2007

Pr. Oliveira de Araújo
Presidente da Convenção Batista Brasileira

Pr. Sócrates Oliveira de Souza
Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira

Fonte: www.batistas.org.br

segunda-feira, 1 de março de 2010

Relacionamentos - Amor é ação!

Neste mês o livro que apresentamos e sugerimos trata do tema relacionamentos.

Gary Chapman, autor de vários livros, em seu “Amor é um verbo” traz várias histórias de vida reais, de situações nas quais “o amor foi posto a prova e venceu todas as adversidades”. São exemplos de relacionamentos conjugais, entre pais e filhos, entre irmãos, antigas e novas amizades, demonstrações de amor por desconhecidos, entre outros.

Amor não é só um sentimento. Amor é ação!

Leia abaixo a sinopse e um trecho do livro (*):

"Ao contrário do senso comum, o amor não é apenas um sentimento. Ele é uma escolha diária a ser demonstrada no casamento, na família e nas amizades. Certamente, nada difícil quando tudo vai bem. O desafio se apresenta nas circunstâncias que estressam os relacionamentos. É nesse momento que as dicas de um experiente conselheiro podem fazer diferença.

O Dr. Gary Chapman tem-se dedicado à tarefa de ajudar pessoas a comunicar amor com mais eficácia e, assim, construir relacionamentos mais sadios. Nessa obra ele enfatiza que o amor não é mero sentimento. Tampouco se trata de um simples estado de espírito que o afasta da realidade.

O amor é, sim, o componente essencial para sobreviver nos relacionamentos. Uma escolha diária que precisa ser tomada, especialmente em situações extremas. Aprenda com o autor a demonstrar seu amor através de ações concretas. "

Trecho do livro:

"'O amor faz o mundo girar.'

'Amar é tudo de que você precisa.'

'O amor pode deixá-lo maluco...'

Todos nós sabemos que poemas, canções, filmes e oradores têm tentado descrever e expressar o ato de amar de maneira adequada.

Filmes e programas de televisão se concentram na busca pelo amor e pela satisfação pessoal. Anúncios usam esse sentimento poderoso para nos vender produtos. Ao que parece, nossa cultura possui uma mentalidade atrelada ao amor.

Seja no casamento, na família ou nas amizades, não é surpresaperceber a atração exercida pelo amor, nem o fato de ele ser colocado na lista de prioridades de nossa vida. Afinal de contas, o livromais sábio de todos, a Bíblia, nos diz que o próprio Deus é amor.

Poucas emoções da vida se igualam à excitante torrente de adrenalina provocada por um novo romance, à doce companhia de um amigo ou ao fiel apoio de um membro da família. Não é de estranhar que busquemos amar mais que tantas outras experiências positivas. É muito mais fácil enfrentar os desafios normais e cotidianos quando sabemos que existem pessoas que estão sempre ao nosso lado quando precisamos, que existem pessoas que nos apoiam incondicionalmente.

Uma vez que todo relacionamento amoroso envolve seres humanos falíveis, os desafios são enormes. Diferentemente das ligações pessoais apresentadas no cinema e na televisão, as questões reais entre as pessoas normalmente não podem ser resolvidas em trinta minutos, nem em alguns episódios. Às vezes tanto as situações como as pessoas impedem que amemos adequadamente.

A euforia diminui depois da cerimônia de casamento, e os sentimentos românticos podem voar pela janela. Experimentamos um desacordo intenso e, então, acabamos agindo como opositores, em vez de apoiadores.
Em alguns momentos, ocorrem ruídos na comunicação. Em outras ocasiões, podemos nos prender a expectativas irreais. Ainda em outras situações, francamente, talvez nem sequer saibamos como amar se encaixa na equação. E, quando as coisas ficam realmente ruins, algumas pessoas simplesmente seguem adiante... deixando para trás uma trilha de corações feridos.

Como pastor e conselheiro, tenho presenciado essa situação diversas vezes. Um dos cônjuges se cansa do casamento e cede à tentação de ver se a grama do quintal de outra pessoa é realmentemais verde. Pais e filhos interrompem mutuamente a comunicação por conta de um mal-entendido. Uma pessoa se senta sozinha na igreja ou simplesmente deixa de frequentá-la porque perdeu um amigo e tem medo de se abrir de novo para outra pessoa.

Tenho visto pessoas demais desistindo rápido demais de amar. Abandonar relacionamentos não traz o alívio esperado, não cria soluções nem simplifica a vida. Em vez disso, acumula mais problemas por meio de julgamentos e ressentimentos persistentes. Diante disso, quais são as respostas aos desafios lançados pelo amor? Para começo de conversa, é necessário dizer que, a fim de suportar a longa caminhada e enfrentar o estresse e a complexidade da vida, amar precisa ser mais do que algo que sentimos. Precisa ser algo que fazemos. Precisamos demonstrar amor concretamente em nosso casamento, nossa família, entre nossos amigos e conhecidos e, sim, até mesmo aos nossos inimigos.

É disso que trata este livro. Nas páginas a seguir serão apresentados exemplos de pessoas como você — como todos nós — que aprenderam a pegar os obstáculos, os “limões” que encontram na vida, e transformá-los em néctar agradável, capaz de matar a sede emocional.

(...)

Você deseja desfrutar os melhores relacionamentos possíveis? Então vamos trabalhar. Amar não se limita a um pronome como “ele”, “ela”, “eles” ou “elas”. Não se relaciona a quem são as outras pessoas, a como elas nos tratam ou ao que fazem para que as valorizemos. O ato de amar começa com você e, fundamentalmente, não tem de ver com o que você diz ou sente. Em vez disso, amor é uma palavra de ação; é uma escolha que você precisa fazer. Amor é um verbo! "

Gary Chapman é autor do conhecido "As cinco linguagens do amor" (Ed.Mundo Cristão, 1997).

Amor é um Verbo. Editora Mundo Cristão, 2009.