Em "O Deus (In)visível" (Ed. Vida), Phillip Yancey convida o leitor a reflexões sobre como temos enxergado Deus e analisa a proposta bíblica para construirmos um relacionamento íntimo com o Pai. Com honestidade e franqueza típicas, Yancey faz profundos questionamentos a respeito da nossa percepção de Deus e combate as respostas prontas às questões cruciais da vida, como, por exemplo, ao abordar o tema: "a fé em Deus nos momentos em que Ele parece inacessível".
Influenciado por sua formação jornalística, o autor sustenta o tema do livro com uma das principais características do texto periodista: a inserção de histórias, depoimentos, testemunhos. Consequentemente, a discussão fica extremamente enriquecida pelos diversos pontos de vista apresentados.
Por todo o livro, Yancey convoca o leitor a se abrir para novas perspectivas sobre o nosso relacionamento com Deus. Veja, por exemplo, estes trechos do capítulo "Paixão e Deserto", pág.180:
"Trace um percurso que garanta uma vida de oração vitoriosa, a presença ativa de Deus e vitória constante sobre a tentação e provavelmente ficará encalhado. O relacionamento com um Deus invisível sempre inclui incerteza e instabilidade.(...)Quando olho para trás, para os gigantes da fé, vejo que todos tinham algo em comum: nem vitória, nem sucesso, mas paixão. A ênfase na técnica espiritual pode muito bem nos afastar do relacionamento apaixonado que Deus valoriza acima de tudo. Mais que um sistema doutrinário, mais que uma experiência mística, a Bíblia ressalta um relacionamento com uma Pessoa, e os relacionamentos nunca são estacionários.(...)Moisés discutiu tão calorosamente com Deus que diversas vezes persuadiu Deus a mudar de ideia. Jacó lutou a noite inteira e usou de subterfúgios para conseguir a bênção de Deus. Jó atacou Deus com fúria sarcástica. Davi infringiu pelo menos a metade dos Dez Mandamentos. Mas eles nunca desistiram totalmente de Deus, e Deus nunca desistiu deles. Deus pode aplacar a ira, a culpa e até mesmo a desobediência obstinada. Contudo, existe algo que impede o relacionamento: a indiferença".
Sem dúvida, o livro desperta o desejo ardente de buscar a presença de Deus e faz o leitor se sentir profundamente motivado a adotar uma vida cristã que inclua mais momentos íntimos com Deus.
Por Elisângela de Freitas
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