Retomando a série de posts Cristianismo e Literatura, publicamos um poema de Murilo Mendes, poeta católico brasileiro e principal participante de um movimento dentro da segunda fase da poesia modernista brasileira que pretendia um resgate da espiritualidade poética. A retomada dos temas espirituais que eram comuns no Simbolismo e no Romantismo se deu, nesse movimento, sem desdenhar dos avanços estilísticos conquistados pelos poetas da fase chamada heróica do Modernismo. Comungavam dessa estética poetas como Jorge de Lima, Augusto Schmidt, Tristão de Ataíde e, em parte, Vinicius de Moraes.
O ponto alto da poesia de inspiração cristã no período foi a obra Tempo e Eternidade de Murilo Mendes e Jorge de Lima, publicada em 1935 com o objetivo de "restaurar a poesia em Cristo". Comunicantes é um dos poemas que compõem essa obra e fala da Igreja como "família sobrenatural" e sobre o desejo de formar poetas que irradiam as palavras do Eterno ao ajuntar novos membros ao corpo de que Cristo Jesus é a cabeça.
O ponto alto da poesia de inspiração cristã no período foi a obra Tempo e Eternidade de Murilo Mendes e Jorge de Lima, publicada em 1935 com o objetivo de "restaurar a poesia em Cristo". Comunicantes é um dos poemas que compõem essa obra e fala da Igreja como "família sobrenatural" e sobre o desejo de formar poetas que irradiam as palavras do Eterno ao ajuntar novos membros ao corpo de que Cristo Jesus é a cabeça.
Comunicantes
Por Murilo Mendes
"Eu amo minha família sobrenatural
Aquela que não herdei
Aquela que ama o Eterno.
São poetas, são musas, são iluminados
Que vivem mirando os seus fins transcendentes.
O mundo, minha família sobrenatural não te possuiu.
Minha angústia vive nela e com ela.
E eu formarei poetas no futuro
À sua imagem e semelhança.
E todos ajuntando novos membros ao corpo
De que o Cristo Jesus é a cabeça
Irradiarão as palavras do Eterno"
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