terça-feira, 27 de outubro de 2009

A responsabilidade social da Igreja


A ênfase do mês de outubro é a responsabilidade social da Igreja.
Neste mundo imperfeito, a injustiça e a opressão mantem muitos famintos, ignorantes, excluídos, pessoas sem esperança, sem amor.

Encontramos no livro de Tiago o seguinte questionamento:
“Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhe disser Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? (Tg 2.15-16)


E encontramos também a solução para essa questão...
“Assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta.”
“Porque, assim como o corpo sem espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta.” (Tg 2.17, 26)

Assim, à nossa fé devemos somar ações. O Senhor dos Exércitos, o Deus que conhecemos, é um Deus de ações!
“Foi esse Deus de justiça ativa, poder ativo, compaixão ativa, que caminhou no meio da pobreza, na pessoa de um frágil ser humano”, diz Viv Grigg* na apresentação de seu livro “Servo entre os Pobres - Cristo nas favelas urbanas” (Ultimato, 2008).

Grigg, um neo zelandês que viveu em favelas de Manila, Filipinas, comenta que seu livro “é a história de um rico ocidental tentando entender o discipulado no contexto de tal injustiça, pobreza e corrupção – que coincide com o contexto social da maior parte das Escrituras.” (p.11)

Leia um trecho do livro:

“Parei em cima de uma poça de lama acumulada debaixo de um varal cheio de roupas. Fiquei procurando, confuso, pela bomba d’água naquele labirinto de concreto e casebres de madeira compensada. Encontrei-a no final de uma fila de baldes vermelhos, verdes e azuis. Parei junto a um pequeno portão e me deparei com várias pessoas ali em volta, esperando sua vez enquanto aproveitavam o sol da manhã. Duas meninas com roupas remendadas, cabelos negros brilhantes e bem penteados, estavam de cócoras, lavando roupas em grandes bacias de alumínio. Uma delas voltou o olhar para minha barba e pele clara.
— É Jesus! — ela exclamou em tagalo, a língua de Manila, tocando levemente a companheira ao lado.
— Não, é apenas meu amigo!
Também sorri. Hesitante, coloquei meu balde no final da fila.
— De onde o senhor é? — as meninas me perguntaram polidamente, ainda sorrindo.
— Estou morando no quarto de cima da casa de Aling Nena.
— Por que você quer morar lá?
Sorri e respondi:
— Há alguns anos atrás li algo que Jesus disse: “Bem-aventurados são os pobres”. Eu queria descobrir por que os pobres são abençoados.” (p.14-15)

Viv Grigg é diretor da Fundação Urban Leadership, que desenvolve líderes para trabalharem em comunidades urbanas pobres. Sua esposa, Ieda, é brasileira e foi uma das primeiras missionárias brasileiras na Índia. (www.urbanleaders.org)

Temos em nosso acervo outras obras que tratam dessa questão, a responsabilidade social da igreja. Confira:

- A revolução no voluntariado – Por que pessoas fazem do servir ao próximo sua razão de viver. Bill Hybels. Mundo Cirstão, 2005.

- Ação Social – Daí-lhes vós de comer – caderno de estudos. -Juerp, 1998.

- Cristo e a transformação social do Brasil. Carlos Pinheiro Queirós. Missão Ed., 1991.

- Esquecidos na Terra, lembrados no Céu – desafios sociais à fé cristã. Samuel Costa da Silva. MW Editora, 2001.

- Missão da Igreja e Responsabilidade Social – Teses do Congresso Batista de Ação Social, Juerp, 1988.


- Veja sua cidade com outros olhos. Ariovaldo Ramos. Sepal, 1995



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